Historia de Guanambi BA
Pela Lei Provincial n.º 1779 de 23 de junho de 1880 foi criado, no município de Monte Alto, o distrito de Bela-Flor, com sede no arraial de Beija-Flor. Embora oficialmente tivesse a denominação de Bela-Flor, por muito tempo persistiu o nome de Beija-Flor, com o qual se tornara conhecido.
Em 1898, quando criada a agência postal, o nome de Beija-Flor foi o empregado na feitura do carimbo de postagem, o qual permaneceu sendo utilizado pela repartição até alguns anos depois da criação do topônimo Guanambi.
Com a passagem do fio telegráfico nacional por Bela-Flor, ligando Caetité a Monte Alto, margeando a antiga estrada que cortava Guanambi (o traçado do trecho da rodovia BR-030, Guanambi/Caetité, segue praticamente o mesmo do antigo fio telegráfico), foram instaladas uma estação telefônica (em 1902) e uma estação telegráfica (em 1909), em um imóvel doado à União, na Rua Coronel Zequinha, onde as duas unidades funcionaram até a inauguração da sede dos Correios (em 1960), na Praça Getúlio Vargas.
A história da formação do município liga as denominações de Bela-Flor e de Beija-Flor a uma tradicional festa que havia no arraial em homenagem ao padroeiro Santo Antônio. Durante a cerimônia havia uma sessão de beijos e de mimos para a imagem do padroeiro, promovida por uma menina, Flor (que teria o nome de Florinda), filha da devota Bela (provavelmente Belarmina). A maioria dos que assistiam à cerimônia era formada de jogadores e festeiros, e todos gritavam: "Beija, flô; beija flô".
Com o passar dos anos, as preparações para os festejos passaram então a ser, no dizer dos festeiros, para "os beija-flô na casa de Bela". O historiador, poeta e ex-prefeito de Guanambi, Domingos Antônio Teixeira, não endossa esta versão. Em seu livro Respingos Históricos, defende que a denominação Beija-Flor dada ao arraial veio da pequena ave micropodiforme, da família dos troquilídeos, da espécie colibri. Segundo o historiador, o terreno sempre úmido de vazante, contíguo ao local do arraial, permitia a existência de flores silvestres e, em conseqüência, a presença de muitos beija-flores.
O atual município de Guanambi foi criado pela Lei Estadual n.º 1.364, de 14 de agosto de 1919, desmembrado do de Monte Alto e constituído do distrito de Bela-Flor. A instalação do novo município ocorreu no dia 12 de janeiro de 1920, quando tomou posse e assumiu as funções o primeiro intendente, Balbino Gabriel de Araújo Cajaíba.
No mesmo dia, de acordo com a lei que criou o município, o intendente decretou a Lei Orçamentária para o exercício de 1920, de Guanambi, que orçou a receita em doze contos de réis (salvo engano, R$ 12 mil) e fixou a despesa em igual importância. A Lei n.º 1.364, que criou o município, não estabeleceu os seus limites, apenas declarava que estes seriam os do antigo distrito de Bela-Flor.
A administração municipal de Monte Alto havia criado o distrito de Lagoa da Espera, reduzindo a área territorial do distrito de Bela-Flor e alterando os seus limites interdistritais. No dia 8 de janeiro o intendente sancionou a Lei n.º 2, votada pelo Conselho Municipal, que criou dois distritos de Paz no município de Guanambi, sendo o primeiro o da sede e o segundo o de Mucambo.
Esta lei (n.º 2) somente chegou ao conhecimento do público depois de aprovada pela Lei Estadual n.º 1.589, de 28 de agosto de 1922. Importantes faixas territoriais dos municípios limítrofes foram abrangidos por Guanambi na fixação dos limites dos distritos, inclusive o povoado de Lagoa da Espera, já sede de um distrito de Monte Alto.
Mucambo, mais tarde, em 1º de janeiro de 1945, por força de lei federal que definiu um novo quadro territorial nacional, recebeu o nome de Candiba. Sua autonomia política e administrativa veio em 1962. A mesma lei federal deu a Lagoa da Espera, que em 1929 passou a ser chamada de Itaguaçu, o topônimo de Mutans, em razão de haver no estado do Espírito Santo um município com o mesmo nome. Mutans, em tupi, significa jirau feito no alto da árvore, para espera da caça, utilizado pelos índios. "Lagoa da espera" era justamente o local onde os caçadores da região ficavam, escondidos no alto das árvores, à espreita dos animais.
O antigo arraial de Beija-Flor, depois Bela-Flor, pela Lei n.º 1.364, de 14 de agosto de 1919, que criou o município, foi elevado à categoria de vila com a denominação de Guanambi. Mais tarde, por decreto-lei n.º 10.724, de 30 de março de 1938, tornou-se cidade. Está a 14 graus, 13 minutos e 50 segundos Latitude Sul; a 44 graus, 55 minutos e 26 segundos Longitude Oeste (de Londres); a 525 metros acima do nível do mar e a 490 quilômetros, em linha reta, de Salvador, na direção oeste-sudoeste.
Origem do Nome
A história da formação do município liga as denominações de Bela-Flor e de Beija-Flor a uma tradicional festa que havia no arraial em homenagem ao padroeiro Santo Antônio. Durante a cerimônia havia uma sessão de beijos e de mimos para a imagem do padroeiro, promovida por uma menina, Flor (que teria o nome de Florinda), filha da devota Bela (provavelmente Belarmina). A maioria dos que assistiam à cerimônia era formada de jogadores e festeiros, e todos gritavam: "Beija, flô; beija flô".
Com o passar dos anos, as preparações para os festejos passaram então a ser, no dizer dos festeiros, para "os beija-flô na casa de Bela". O historiador, poeta e ex-prefeito de Guanambi, Domingos Antônio Teixeira, não endossa esta versão. Em seu livro Respingos Históricos, defende que a denominação Beija-Flor dada ao arraial veio da pequena ave micropodiforme, da família dos troquilídeos, da espécie colibri. Segundo o historiador, o terreno sempre úmido de vazante, contíguo ao local do arraial, permitia a existência de flores silvestres e, em conseqüência, a presença de muitos beija-flores.
"Guanambi": procedência etimológica Tupy Guarany das palavras "guainumbi, guanumbi, guanambi", que significam beija-flor.